Quênia e Tanzânia – Masai Mara – Naquela manhã dourada

Fosse outro, talvez eu nem falasse, mas se tem uma coisa que eu não aconselho é ignorar um pôr do sol. Seja qual for. Um daqueles, então, de uma surrealidade real, seria um desperdício dos melhores. Como se não bastasse, depois abriu-se um céu de estrelas cintilantes. Do lado de fora, estava eu confortavelmente instalado na cadeira da varanda com os pés ‘pra cima, um olho no céu e outro ao redor. Leio uma placa: “Atenção: Zona de vida selvagem. Caminhe ou corra por sua própria conta e risco”. A mente me dizia “seja forte, fique”, mas não, não fui. Cedi ao medo. Resolvi entrar e me preparar para dormir. E foi até coisa bem expressa, de adormecer logo.

De madrugada acordei com rugidos de leões, com uivos de hienas, sons de cascos de zebras e o estímulo de pensamentos lógicos: “atrás de uma zebra vem sempre um leão; e deste, uma hiena”. Ouvi meu coração acelerando, parte excitação, parte preocupação. Resolvi parar o mundo com uma borracha de ouvido. E deu certo: acordei com a luz do astro rei invadindo a tenda. Levantei-me sem abrir a porta da cabana e avistei uma paisagem com as cores de uma paleta perfeita. O cheiro também, era de manhã. Quero dizer, ali é de perceber que difere da tarde e da noite.

O Masai Mara embaixo estava estonteante, mas convidava ao banho, ao desjejum e ao safari, em vez da contemplação desde cima, senão para ser vivido e experimentado. A natureza daquele ângulo parecia mais fluida, não forjada pela intervenção humana e com toda a sua impiedosa realidade tocando mesmo os mais duros corações de pedra. Não dava para deixar de pensar no besta privilégio que era estar ali àquela hora.

Olhei para cima também. Avistei um céu de brigadeiro, copas de árvores ao redor, passarinhos fazendo delas seu play ground e cada qual dizendo suas coisas. Que eu não compreendia, claro, porque não falo passarinhês, mas que era bonito, era. A vista era dramática e o ambiente que entrava pelos olhos também ia à mente, invadia o quarto, o mundo, a galáxia.

Até ali, aquele lodge fora o lugar onde dormimos mais impregnados de natureza, mais proximamente rodeados por ela, fazendo sentir sem parar a experiência de mato, numa das menores densidades turísticas e de veículos, devido ao volume gerenciado e aos rígidos planos de uso do solo.

Tudo parecia normal. E estava. Correndo a seu ritmo, diferenciado, segundo cada animal, pássaro, inseto ou réptil que o habita. Todos em suas rotinas diárias, fazendo seu duro trabalho, porque a vida de nenhum não é nada fácil na savana. De escaravelhos de esterco rolando bolas de cocô de elefante – coisa que até então eu só vira no Animal Planet – a antílopes graciosamente abanando seus rabinhos de olhos e ouvidos bem abertos, porque desde que nascem sabem: são os nuggets da selva. E de topis – o antílope pra lá de estranho, cabeça alongada, dorso caído feito de hiena, chifres anelados e em forma de “L”.  E gazelas de Thompson, outro aperitivo de leão. E javalis, e impalas, famílias numerosas de elefantes guiados por suas matriarcas, de gnus, zebras, girafas e búfalos a leões, guepardos, leopardos, hienas, chacais e kudus. Certamente esqueci de algum.

Chuveiro rápido e me preparo para o dia. E enquanto aguardo a esposa terminar o seu, caído de amores pelo lodge, por ela, pela vida e pelo safari, sento-me na varanda sentindo a brisa acariciar a pele com olhar perdido no hipnótico horizonte. Saboreio o momento exemplar da natureza e da minha vida de viajante, mas sinto mais é a avidez por sair logo para a aventura do dia. Talvez eu até passasse um dia inteiro ali vivendo daquela natureza, especialmente elegante. Mas a viagem não era de esperas que pareciam alongar a brevidade.

Posso parecer romântico, mas só quem sentiu aquilo sabe o que foi. Depois, enquanto tomávamos nosso café da manhã, perguntei aos outros se ouviram leões e hienas. De quase todos, sim. Depois do café, logo às caras da porta do lodge, o safari no Masai Mara, mais que a busca de animais, uma verdadeira fantasia africana das savanas, onde não há caminhos a evitar, coordenada de GPS a não seguir ou trilhas a fugir em busca nada mais nada menos, que dos “Cinco Grandes da África”: o rinoceronte negro, o búfalo, o elefante, o leopardo e, finalmente, o leão. Mas foram mais, bem mais. Te conto e mostro daqui a pouco, no próximo capítulo.

OBRIGADO!

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A seguir – Um dia de ver todos os animais

Quênia e Tanzânia – Masai Mara – A árvore solitária

Ela grudou feito chiclete em sola de sapato. Eu quase sabia de cor e salteado a letra da bendita música: Jambo, Jambo bwana, Habari gani, nzuri sana, Wageni, Mwakaribishwa, Kenya jetu hakuna matata… a canção queniana, lançada em 1982 pela banda Them Mushrooms que tem no título uma saudação, que em swahili traduzido fica “Olá, senhor”. A danada tornou-se “minhoca de ouvido” e vivia saltitando na mente. À tarde no jipe, de noite na cama, durante o café da manhã e até no chuveiro. Às vezes era divertido, outras, bem…

Jambo, Jambo bwana, Habari gani, nzuri sana

Aprendi outras palavrinhas na língua deles: tembo – pra elefante, simba – pra leão, twiga – pra girafa e tumbili, o macaco. Mas, voltando à música-chiclete, a razão de seu grude era óbvia: minha exposição a ela, de tanto que a cantavam e, pelo que sei, porque era agradável ao cérebro. Não fosse ela – senão outra coisa e outro dia – talvez eu não me lembrasse tão bem daquela primorosa manhã de nosso primeiro safari no Masai Mara. Com a música agarrada “resolvi” me desligar e fui espiar a savana, concentrar-me em sua beleza. Sei lá se foi assim, mas a verdade é que ela resolveu sair de mim e colar noutro.

A árvore solitária

Chegando à savana, pensei em tantos lugares que já passei na vida e eles ficaram em mim. Como cicatrizes. Dos desertos às montanhas, das florestas às cidades, dos templos aos animais. Pessoas também, principalmente. A intensidade das cores daquele lugar tão especial parecia torná-lo mais um desses que viveriam para sempre nas minhas entranhas. Renovavam-se as expectativas de belos encontros no Triângulo de Mara e na Reserva Nacional Masai Mara. De animais, não preciso dizer. Mas foi uma árvore. O que mais gravei daquele dia – afora a bendita música – foi uma árvore.

Tem explicação. Sempre gostei delas, desde quando eu era moleque. Ainda as admiro e quero bem, devo dizer. Eu não podia ver uma que me dava ganas de subir. Peguei o jeito nas amendoeiras defronte à minha casa, na cidade do Rio de Janeiro, onde aquela urbana criatura verde era tão comum que parecia originária. Quem não é da minha cidade talvez não saiba que das 20 espécies mais frequentes na cidade, a Amendoeira (Terminalia catappa) é a primeira da lista, com o maior número indivíduos em toda a urbe. Depois virei craque e escalei de mangueiras a abacateiros. Da fazenda da Tia Manú, em Minas Gerais, ao sítio da Tia Cecília, no Estado do Rio de Janeiro.

A acácia solitária levava sua existência naquele vazio encantador. Uma águia pousada em sua tímida copa parecia ser sua única companheira. Não tinha vizinhas, não tinha filhas. Era de uma solidão de dar dó. Parecia conformada com seu estado e realidade, ainda que sem aparentar indiferença ao mar de savana, à imensidão de verde em três tons que a rodeava por, sei lá, quilômetros. Estava acostumada, embora não deva ser fácil viver assim – nem mesmo para uma acácia – contemplando o nada, uma realidade vestida de pureza, embora um despudor a sua pobreza.

Nem de alimento servia a pobre estrutura: era pau puro, sem folhas, apenas espinhos, da qual sequer as girafas se aproximavam. Tinha sua beleza, ainda que seu raquitismo anunciasse um fim próximo. Não parecia mesmo ter serventia. E não tinha escolha, era seu destino, já que era uma árvore, não podia percorrer a savana, afastar-se como os gnus em migração. Nem majestosa era. Não tinha ninhos e sequer sombra produzia. Mas contribuía generosamente para embelezar magnificamente a paisagem. E assim, como a música, feito chiclete em sola de sapato, aquela árvore grudou em mim.

A seguir

O fabuloso Masai Mara

Quênia e Tanzânia – Masai Mara e O Triângulo Masai

Mambo jambo (as coisas importam)

A viagem ia em meio com os dias parecendo mais doces a cada nova manhã. Aquela, particularmente, começou com todos os passarinhos do continente cantando juntos, num céu transparente que nem vidro, coisa de já dar saudades da África, mesmo acordando nela. Gosto assim, quando um pensamento, de tão intenso e precioso, se faz sentir no peito. Talvez fosse o meu estado de espírito, é verdade, mas também era o dia da partida em direção ao Eden da vida selvagem no Quênia – o Masai Mara-Serengueti – região mais emblemática do país para os safaris.

Partimos, aparentemente mais devagar do que o de costume, às vezes a 60 quilômetros por hora. E isso fez toda a diferença. “Só faltam cinco horas”, eu pensava à altura, lembrando-me da expressão mais ouvida em quinze dias de viagem: mambo jambo!, “as coisas importam!”

Àquela medida eu já havia reparado que ir devagar transformava os deslocamentos, com as coisas sendo o que importava, não o destino. Era o que nos deixava mais propensos a absorvermos a paisagem, e se estas não eram de fato um espetáculo de surpresas, senão previsíveis, positivamente resumiam-se em singelos encantos. Reveladas daquele jeito, sem cortes, edições, inteiras, passando como os rios secos e preguiçosos à seca, de nossos olhares não escapavam os pormenores. Mambo jambo. As coisas importam.

Era grande o prazer da viagem, do exílio passageiro, de ter deixado por um tempo a rotina e o conforto de casa e partir para as descobertas, viver experiências entusiasmantes, embora às vezes desconfortáveis. Perceber os menores detalhes era um privilégio, para além de curioso e estranho o sentimento de tempo adulterado. Como um Déjà vu, me entende? E se por um lado ir devagar tornava mais longas as viagens, por outro me ensinava coisas importantes. As coisas importam. Mambo jambo.

Das árvores, por exemplo, eu conseguia perceber detalhes que a velocidade até então disfarçara: os fabulosos ninhos dos pássaros sociable weaver (Philetairus socius), literalmente “tecelão sociável”, espécie de ave endêmica desta região africana. Suas construções são verdadeiros condomínios.

E das cidades? Quase sempre eram poucas e pequenas, mas por estarem justo à beira das rodovias, a mais de 80 por hora costumavam passar depressa demais, sem que percebêssemos suas formas, os materiais, acabamentos e decorações às vezes de gosto duvidoso. Víamos, correndo, apenas suas silhuetas multicoloridas. E depressa ou devagar, à caminho das savanas, em busca de nossa aventura animal, muitas vezes eu não notava a tocante singeleza humana e natural do caminho.

Também as torres de energia deixavam-se perceber. E os postes? Tinham os fios tomados por vegetações. Escondiam-se até por ninhos quando as árvores vizinhas ficavam lotadas. Eu lia também os letreiros das lojas, dos comércios mais variados. E via as casas, às vezes cabanas, feitas de tijolos com reboco de argila sem tinta, noutras pintadas de verde limão, as janelas com cortinas improvisadas em panos, telhados de chapas em decomposição e quase nunca gente ao redor. Davam-me a impressão de que nelas a vida estava nos quintais, no milho, na mandioca ou nas bananas. Coisas aparentemente insignificantes, muito embora me parecessem um ótimo jeito de me fazer assimilar o país, de tornar aquele deslocamento menos enfadonho.

E assim, no conforto do meu silêncio e introspecção, enquanto das ideias desabavam substantivos e adjetivos, abriu-se a savana. Como num passe de abracadabra sumiram as cidades, afastaram-se os humanos, perceberam-se os animais e seus deslocamentos em bandos ou pastagens solitárias. Então, já próximos ao destino, compreendi que a janela do jipe havia se convertido numa arquibancada, num local privilegiado de onde eu assisti o espetáculo desenrolar-se. O tempo passou, e embora lentamente, aparentemente não, se é que me entende o leitor.

Assim, de pronto, demos de cara com esta parte do Masai Mara – o Triângulo Mara – situado entre o rio Mara e a Escarpa Oloololo, que alcançamos pelo portão Oloololo, um dos dois meios por onde se pode adentrá-lo, sendo o outro pela Ponte Nova Mara.

Ao entrarmos na planície sem fim, a savana converteu-se na imagem mais precisa que eu fazia dela, no seu clichê mais básico. Da cor de madeira fresca, de capim dourado, de mato verde, da matriz original das fotos cartão-postal que eu sempre vira. Tudo tinha um clímax cromático e uma profundidade que me fazia parecer fácil a qualquer um de nós produzir cartões postais dali.

Pouco antes do crepúsculo começar, do sol subir e da noite cair, uma família de elefantes cruzou solenemente em diagonal a estrada, uma das imagens mais grandiosas que até então eu havia visto. Seguimos para o lodge, uma coisa para contar à parte, de onde da varanda com uma vista do tamanho da galáxia assistimos a um por do Sol com efeito especial, cinematográfico, national geografiquiano. Mas isso eu conto amanhã! Obrigado, Quênia!

A seguir

Masai Mara e o Triângulo, o Eden da natureza selvagem

Quênia e Tanzânia – O Lago Naivasha e o Safari a pé na Crescent Island

A Map ot the World – Pat Metheny

Todo dia era tudo sempre igual. Nada de novo capaz de alterar minha alegria, senão o calendário. O amanhã a gente vê, quem sabe? As noites, quase virando terapia. Os dias, cotidianos, frequentes, normais. Sempre. Como se vivêssemos um looping temporal, um feitiço do tempo, em que os dias se repetem e repetem, indefinidamente. Mesmo aquele, que embora me parecesse o mais claro e límpido, era igual, porque todos eram assim, afinal, O alarme nos sacodindo antes das seis o começava com o sol ainda dormindo, mas não nós.

É cedo, mas os sentidos vão se aquecendo. Poderia ser quase um desacato às nossas mentes acordar tão cedo todos os 15 dias. Mas não. Com a vulgaridade de sempre, nos inquietamos e, mais tarde, desvairados com o safari do dia, fervilha nosso cérebro. Todo santo dia. Não se ouve nada assim tão cedo, e o ar ainda muito é fresco, mas o calor, sabe-se, chegará, junto com a sinfonia dos pássaros, como todo dia eles fazem, tudo sempre igual.

A savana alaranjada vejo pela fresta da cortina à janela. De manhã, seu aroma invade o ar do quarto. É num misto de doce com terra. Todo dia. Sempre igual. Acorda-se com a banalidade de sempre, pensando-se no café e no banho. Depois de saciados pela água, o café e o pão que o padeiro amassou, só se pensa no mundo dos safaris, dos jipes e do próximo lodge.

As noites também, eram sempre vulgares. Depois do pôr-do-sol, daqueles enormes de sempre, jantávamos. E nos divertiamos, conversámos, para depois dormirmos cansados. Trivial. E assim, dormida evitando-se que a excitação pelo dia seguinte as tornasse mais lentas, arrastadas e de sonos inseguros. Sonhava-se com o costumeiro, e no dia de amanhã, acordava-se sem se esperar que por um lindo dia, porque todos eram. Da mais louca alegria que se possa imaginar. E como sempre, o astro rei vinha para brilhar. E uma nova estrada surgir para trilhar.

Mas não se iludam, monotonia não há! Apesar de monotemática, uma viagem pelo Quênia e Tanzânia é uma sucessão de diferenças. De todas as que se podem não prever. Dia após dia, tudo era sempre igual. Corriqueiramente vivendo-se a mesmice: cada dia, uma experiência entre as mais marcantes e sensacionais da vida. Ordinariamente.

Num dia, estamos engolindo poeira dentro de um jipe, noutro, sentindo a água doce de um lago respingar nos braços. Ouvindo hienas bem próximas da tenda de madrugada, o rugido de um leão – ou simba, em swahili. Cascos de zebras também, no chão de terra. Ficam ali até ouvirem o zíper da barraca olhando para nós desconfiadas.

Ou assistindo leoas caçando zebras, uma chita a um gnu, uma hiena a uma carcaça vigiada por um zeloso rei da selva. Ou águias pescando em pleno voo. Com ou sem sucesso, a mim não importava. Ainda que delas um pasmo espectador, observam-se as caçadoras. E eu, mais apreciando a beleza de seu esforço do que interessado no sucesso de sua refeição. São todas assim, vivem da vida dos outros. Eu não era torcedor, fosse pelo sucesso da presa, fosse pelo do predador; apenas de todas mais um ardoroso espectador,  assistindo a um espetáculo verdadeiramente encantador.

O Lago Naivasha e o Safari a pé na Crescent Island

Pegamos o barco em direção à Crescent Island, parada frequente para quem sai do Lago Nakuru em direção ao Masai Mara. Cenário do filme Out Of Africa (Entre Dois Amores) com Meryl Streep e Robert Redford, caminha-se próximo a girafas, gnus, waterbucks e zebras. Já nos barcos, antes, o espetáculo das águias pescadoras africanas.

No céu seu domínio e território – as águias do Lago Naivasha – olhos espertos e asas preparadas – administram com habilidade e interesse o jogo turístico. Ali está sua refeição. Fácil. Não tanto, quero dizer. Barqueiros lançam peixes na flor da água enquanto as belas aves aguardam o comando para atacarem.

Sim, o sinal é um silvo assoviado, monocórdico e agudo, para deixarem o topo da árvore seca onde fazem seus ninhos, e mergulharem as garras em sua tilápia em rasantes preciosos e precisos. Na água, além de habitat de peixes, também há hipopótamos. E barcos. Com motores de popa fazendo evoluções turísticas com quatro passageiros cada.

A paisagem do lago é bonita e tranquila. Ali, assim como nós, uma infinidade de pássaros de outras espécies observam a performance das águias como se estivessem a aprender.  O motivo para visitar o lago é sair nesses pequenos barcos à procura de hipopótamos e para assistir à pesca das águias, embora o principal seja levar os turistas à Crescent Island, que não chega a ser a Arca de Noé, mas tem lá meia dúzia de animais que podemos seguir os passos, a pé.

Seis da tarde, como era de se esperar, o pôr do Sol nos pega. É o fim do safari, como em todo dia, afinal. Naquela noite, eu o filmo e o fotografo, dispensando-lhe meu último olhar encantado do dia, fixando em digitais e na memória as imagens que redemoinham nos meandros de meu cérebro até hoje.

Um dia, dois, dezenas, talvez até um pouco mais. Todo dia é quase tudo sempre igual. E como assim o que vimos, são imagens que ficarão para sempre num lugar macio da memória para no cotidiano voltarem.

Amanhã, será um novo dia. E será pleno.

A seguir: Quênia e Tanzânia – A Reserva Masai Mara